domingo, dezembro 30, 2007

Depois do umbral...



No alto da falésia não há caminho que não seja cair,
do alto da falésia o mundo ao redor parece ser enorme,
no alto da falésia o céu é maior que o mundo...

sábado, dezembro 29, 2007

2 mil e oito...



Desejo que este novo ano me traga as soluções para os problemas que me trouxe nos anos anteriores, desejo também que o mundo me deixe em paz pois eu quero passar despercebido durante o resto da jornada...
Desejo muito mais coisas para mim pois sei o que quero da vida...
Mas além de mim há outras pessoas de quem eu gosto e que também gostam de mim e elas também tem os seus desejos, podem não ser iguais aos meus mas faço votos que se realizem...
E para além de mim e das pessoas que eu gosto, há apenas o resto do mundo que quero que me deixe em paz...

sábado, dezembro 15, 2007

Um cisco no universo...


Gosto de caminhar pela multidão e passar despercebido, tenho afazeres e todo o tempo parece pouco, sempre ocupado, sempre daqui pra ali, não paro...não parava, era assim parte dum pedaço da minha vida...
Desejei amar alguém até ao fim da minha vida...sonhos...
Nunca pensei que viesse a amar alguém no fim da vida, amor que já não tenho, vida que se prolonga mais um dia...
Desejei amar alguém até ao fim da minha vida, pensei eu há imensos anos...
Mas só encontrei a indiferença, o frio e quatro paredes vazias e ao mesmo tempo cheias de sombras...
Coisas do passado já longínquo...
Voltei a desejar amar alguém antes do fim da minha vida...e ser amado também...
E consegui...mas não até ao fim...
Talvez a vida tenha mesmo terminado e eu não tenha dado conta...
Desapego-me de tudo, de todos, um bocadinho a cada dia...

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Epitáfio ( VII )

Dizem que o que passou, passou...é coisa do passado e já não conta...
Penso de forma diferente quando a isto...
Apenas mudaria algumas coisas do passado...disse e escrevi aquilo que sentia e tive atitudes a condizer, tenho dito, tenho feito...
No fim, um sorriso...joguei claro, não ganhei nada mas conquistei a paz...
Comprei outro bilhete...Para uma viagem sem regresso...

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Alone...



Sem palavras...

sábado, dezembro 08, 2007

Lágrimas verdes...

Nunca tinha pensado tal...
Nunca tinha lido ou ouvido falar...
Mas lágrimas verdes são lágrimas que teimam em rolar pelo rosto...
São lágrimas que tem o mesmo sabor do mar...
Mas nunca o mesmo sabor dum dia de praia...

Epitáfio ( VI )

E quando um grito é transformado em silêncio?
Olho ao meu redor e continuo aqui...só...
Ilusão na vida...
...
Li uma história sobre um navegante solitário que atravessou mares tempestuosos durante meses e meses e quando chegou a porto seguro, tinha cabelos brancos e barba crescida, mas era o homem mais feliz do mundo pois mesmo ainda se sentindo só, ele já não estava sozinho...
...
Tenho navegado por mares por mim então desconhecidos, horizontes longínquos a conseguir atingir...
É muita tempestade para mim e para a minha jangada a que eu chamo de o meu barquinho azul...

Epitáfio ( V )

Hoje perguntaram-me porque tantos epitáfios, uma vez que um epitáfio é único e ultimo...
Boa pergunta...
A resposta depende dum dark day ou dum blue day...
Duas respostas, dias diferentes...
Os dias tem sido dark...dias sem blue...
E todos os dias tem sido como se fossem o ultimo pois amanhã não sei se cá vou estar, por isso, porque deveria eu omitir, mentir ou colorir?
Ninguém confessa antes, nem depois...há sempre um momento que nem é antes nem depois,
é sempre antes do depois...
...
São nestes dark que sinto a falta dos blue e estes são quem eu amo, aqueles que fazem parte do blue que eu ainda sou, fui...serei...
Já nem sei...
Nem sempre tudo foi negro, por isso sinto saudade de mim, (saudades de mim, uma frase que nunca esqueci quando a li e senti pela primeira vez, foi tanto o sentido destas palavras que ainda hoje permanecem na minha memória e no meu pensamento...)
estas saudades de mim são provenientes do meu passado que desde o inicio da minha vida teve sempre um tom de azul e feliz e durou até ao ano de 1999...
(Entretanto, tive momentos de felicidade, não nego nem omito...é verdade...)
Agora me lembrei do novo milénio...na volta o fim do mundo aconteceu e eu só estou a dar agora conta, nunca tinha pensado nisso...mas também agora não me apetece justificar o que quer que seja...
O tempo não para, se é que o tempo existe...
...
Os epitáfios continuam até acabarem...é assim tudo na vida...

Um .

Era apenas um pontinho...na terra, no mar ou no céu...
Mas não era uma estrela lá ao longe, nem sequer um mundo ou uma galáxia...
Um .
Um pontinho que aparecia algures era sempre mais do que isso...
Era um olá...Um estou bem...Um pedido de socorro...Um amo-te muito...
Um pontinho, assim tão pequenino mas ao mesmo tempo tão imenso...
.

Epitáfio ( IV )



Mesmo quando está o céu carregado de nuvens numa noite escura, porque olho para ele e procuro ver as estrelas?

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Tretas...

Hoje, mas não desde o hoje de agora mas sim desde já algum tempo, que duvido daquelas coisas que me tem vindo a dizer
ao longo dos anos da minha vida, e, dentro do tal espírito do tal jogo, eis que me falaram de algo ou de alguém acima
de tudo e de todos, mas como isso era vago, acrescentaram um filho, que seria meu irmão e que eu era feito á imagem do pai...
essa parte não sei pois não tenho pai, mas quanto á lenga lenga que me incutiram, mesmo quando eu deixei de ir á catequese
pois já tinha a comunhão feita, é que havia casamentos, baptizados e comunhões...fui também a 4 funerais...e lá dentro da igreja
no momento do evento seja ele quais destes for, há sempre alguém que repete a história do livro etc etc...
eu sempre gostei do ide em paz e que Deus vos acompanhe...
tretas...
quando eu precisei, e eu só peço mesmo quando eu já não posso...eu pedi e nada obtive, tudo isto ao contrário do que me
haviam dito este tempo todo...
por isso, se deus não há, também não haverá paraíso e inferno...pelo menos para mim pois eu falo por mim...
paraíso e inferno? Mas, se o paraíso é lá em cima e o inferno é lá em baixo, estarei eu no meio?
Ou apenas cá em baixo? Pois se estiver, então o paraíso é mesmo lá em cima...E se de facto assim for, então talvez deus exista,
mas se assim também for, porque é que as merdas no mundo acontecem?
Terei eu de adorar algo como sendo mais do que eu para que eu me sinta humilde e quando muito carente tenha a que ou a quem recorrer?
tretas...tretas para entreter...
Já não levo nada a sério...
Só me falta saber se quando eu á cabeceira da morte se eu vou pedir que me tragam um padre...
Não sei se é bem assim pois eu não vou lá, mas segundo parece, basta ir á missa e fazer a confissão dos pecados para que em
troca dumas avé e duns pai nosso, que seja absolvido...é tão fácil, assim sendo eu até já penso em ser seguidor...
pior são os outros juízes que padre não são e que absolver nem por isso o fazem...

terça-feira, dezembro 04, 2007

Epitáfio (III)...

Hoje foi um daqueles dias em que me senti retalhado pela vida...
Não sei ainda bem exprimir isto, sei apenas que o tempo não me parece ser durador, é como que se ao virar a página do ano não houvesse mais nada para mim...
Retalhado ou baralhado, vai tudo dar ao mesmo...
Já não quero nada nem peço nada, tudo já estava rolar e tudo assim se manteve mesmo que eu tivesse dito um ai...
Que sorte, saiu-me o ultimo prémio...
...

domingo, novembro 25, 2007

Epitáfio ( II )


Como faço para sair daqui?
Todos os dias é a mesma coisa, sempre 7 dias, semanas, meses e anos...
...
De repente parece que saí do transe...
Acordei dentro duma caixa enorme do tamanho do mundo onde tudo é um jogo
e todos jogam sem saberem que é um jogo ou como jogar mas jogar vai-se jogando...
um jogo como aqueles que se compra numa caixa,
lê-se o papel com as instruções e faz-se o que lá diz, ou tenta-se fazer...
e o jogo demora a vida toda...
este é um jogo que já não quero jogar e não sei como sair daqui,
mas quero sair daqui...

segunda-feira, novembro 05, 2007

Epitáfio ( I ) ...

Em cada passo inseguro na direcção do desconhecido,
mantive a fé e a esperança para que o meu caminho fosse menos íngreme,
no fim deste, provavelmente não haverá nada e somente a caminhada é que conta pois no tal fim nada garante que haja um prémio por lá conseguir chegar...é apenas um fim, um olhar para trás e rever toda a caminhada...talvez o prémio seja mesmo apenas uma lápide e um epitáfio...

sábado, novembro 03, 2007

Alone...


Estar sozinho, é apenas estar comigo mas sem querer estar...
Estar só, é sentir a tua falta...
É sentir-me morrer por dentro sempre que olho á minha volta e não te vejo,
não te oiço e não te sinto...
Vejo-te, oiço-te e sinto-te, mas apenas quando adormeço e contigo eu sonho...
Apenas quando me deixo levar pelo pensamento...
São ideias do meu coração...Sofrer para sempre, mártir de mim mesmo...
Ou então sinto aquilo...
Um pontinho no universo...
Dói ter sem ter, dói nunca ter, dói ter e dói perder, dói tudo...
Mas nunca dói ter...talvez por parecer ser um dado adquirido...sei lá...
Talvez quem tenha nunca saiba na realidade o que tem, excepto quando tudo perde...

quinta-feira, novembro 01, 2007

Dia 1 deste mês...

Neste dia, eu e muitas outras pessoas, vamos até ao sitio onde tudo acaba
para prestar homenagem aos entes queridos que deixaram este mundo...
Por outras razões, eu presto também a minha homenagem apenas neste dia, mas nos anos anteriores este era apenas mais um dia pois volta e meia eu deslocava-me até lá...
( Lembro-me de ter vivido uma fase muito má em 2001 e de não ter ninguém para com quem conversar e sentir-me sufocado com tudo, nesse dia fui até lá e "falei" com ele, estive lá umas 3 horas, falar foi bom pois de alguma forma eu sempre soube que ele me escutava...e ali encontrei alguma paz... )
Hoje é diferente pois é mais confuso este dia com tanta multidão, mas um momento eu estarei lá, que apesar de breve será sentido pois nunca foi esquecido...
Não gosto muito de olhar á volta pois vejo pessoas que só ali vão e ali permanecem o dia todo, a conversar sobre a vida dos outros e a reparar nas vestes deste e daquela...num local onde tudo termina e nada se leva, os que cá ainda estão fazem questão de levar alguma da sua ostentação e lá vem eles de carro lavadinho e roupa nova, os carros ficam lá fora porque não passam pelo portão, senão cada um estaria frente á campa ou jazigo ao lado do seu bólide...
Uns são assim, mas outros passam lá o dia, conversando com os familiares que ás vezes vem de tão longe, falam desta vida e falam da saudade e da falta que lhes faz aqueles que um dia partiram e que já não voltam...
Talvez seja ali e neste dia em que os dois mundos são tangentes...quase que se tocam...
...
Mas a vida continua e há que sair de lá e voltar para lhe dar andamento...
O dia termina bem com o sabor de meia dúzia de castanhas assadas quentes e boas, um copo de vinho a acompanhar também calha bem...
...

quarta-feira, outubro 31, 2007

Um tempo no tempo...

A noção do tempo, tempo...palavra que não diz bem se é sol ou chuva ou se é presente ou passado...
Não tenho muito tempo mas penso muito durante quase todo o tempo...
E na vida aquilo foi um tempo,
um momento durante um certo tempo...
Fico deveras surpreendido comigo mesmo por não me obrigar a fazer esquecer todo o tempo em que eu não estava sózinho neste mundo fora do meu tempo...
Tenho tempo, sentimento e pensamento para saber qual o sentido impregnado nesta palavra tempo que repito quase que a querer rimar mas sem o poder da poesia...
...
Há coisas que o tempo não devora nem espaça dois seres... escavando fossos pelo meio...
É um rio que corre para o mar, são duas margens separadas...
E por isso existem as pontes...para unir dois lados, duas margens ou dois seres...
mas...
as pontes tem de ser construidas...conquistadas...um bocadinho hoje e mais um bocadinho amanhã...e um dia, quem sabe?
Nem eu sei, apenas acho que só eu sei o que estou para aqui a dizer...
...
Basta ter amado um momento, durante um certo tempo...

quarta-feira, outubro 24, 2007

Tempo diferente...

Hoje amanheceu num tom de cinzento carregado,
chuva e algum frio...
É o tempo dele e dela...
É neste tempo que as moscas andam doidas e viscosas,
ontem despachei algumas...irritam,
mas talvez este tempo dê conta delas...
Acho que hoje vou comprar castanhas,
vi ontem numa loja castanhas com bom aspecto,
assim daquelas grandes e redondinhas,
agora só falta ficarem boas e quentinhas,
talvez logo, talvez sábado...
Por agora, a rotina do costume...
Sou contra tudo o que é rotina ou tudo que se torna rotina,
melhor dizendo...
Mas porque é assim?
É assim porque não podemos mudar tudo assim a curto prazo...
Os bancos emprestam dinheiro, mas Deus não empresta uma nova vida...
Assim se nasce, assim se morre...menos o Bill G. é claro...
Este ou fez um pacto com o diabo ou então é um fugitivo da área 51...
Mas isso são outras histórias,
só queria falar deste tempo e não divagar com outras histórias de outros tempos...

domingo, outubro 21, 2007

Divagar...

Gosto muito das minhas pequenas coisas, das pequenas grandes coisas...
São coisas muito importantes para mim...
Não gosto muito de hoje dizer uma coisa, uma coisa sentida...E logo depois ser obrigado a dizer o contrário para me proteger neste mundo estranho...
Mas eu entendo...
Entendo mas não tenho bem a certeza, preciso sempre dum sinal...
Preciso ser cúmplice no segredo...
Preciso fazer parte...

quarta-feira, outubro 17, 2007

Quando alguém parte...

Já li algures coisas que dizem que há pessoas que passam na nossa vida,
por apenas um tempo que pode ir de um dia, uma semana ou uma vida inteira...
Sabemos que chegaram mas nunca sabemos quando tem de ir embora...eu nunca soube...
Hoje tenho em memória a figura que mais se parecia com o meu pai caso eu tivesse pai, ter tive... um pai biológico é claro mas não passou daí...
Em contrapartida o meu padrinho ia fazendo o equilibrio desde me ensinar as primeiras letras, desde corrigir o meu vocabulário, desde ser meu amigo quando eu precisava de falar com alguém mais velho do que eu, foi assim durante muitos anos...
Hoje lembrei-me dele, vai fazer 13 anos que ele teve de ir embora...para sempre...
Dias antes, uma ambulância dos bombeiros veio busca-lo a casa, como ele não conseguia caminhar, foi transportado por eles na descida da escada, estava eu a chegar...ele foi na ambulância sentado junto á janela, não precisou de ir deitado...
Eu segui atrás e cheguei ao hospital pouco depois, mas antes disso, segundos antes de a ambulância seguir caminho, ele olhou para nós que estavamos na rua junto ao portão da casa, ele lentamente levantou a mão e acenou, mas não num até logo e sim num adeus...ele sabia, eu li no olhar dele mas não quis acreditar...nunca esqueci esse olhar, é como se agora o tivesse a ver...
Eu não sabia que não iamos voltar a falar pois ele entrou no hospital e de lá não voltou a sair...pelo menos como nós esperavamos...
Não voltei a falar com ele nos dias em que ele lá permaneceu visto estar sedado e dizer coisa com coisa...
Desde então nunca vou ao hospital, não quero ir, é como se eu soubesse também que se lá eu entrar não voltarei a sair, não me deixarão sair...
Muita coisa ficou por dizer a ele e sei que ele mais coisas tinha para me dizer...
Talvez se a eternidade existir haja ainda a esperança de voltarmos a ser...

sexta-feira, outubro 05, 2007

Sem nada...


Apetece-me escrever, escrever sem parar mas muitas vezes fico imóvel somente a olhar para isto mas no meu pensamento as palavras desfilam sem parar...
Não é só o dia de hoje que me deixa triste pois não tem nada a ver com o hoje, são coisas do passado, passado recente...
Vivo uma ilusão e ao mesmo tempo um martírio, já não acredito em nada, aquilo que eu vejo e vou vendo acaba por fazer mais sentido do que aquilo que eu oiço, as palavras enganam e ferem como punhais, mas ao mesmo tempo eu não sinto nada, apenas um vazio que se instala dia após dia, não me apetece mexer daqui pra fora, não há sitio para onde ir nem sitio onde ficar, o passado existirá e o futuro pode acontecer, mas este hoje de agora não é nada, não tem nada para mim, é vazio e constante e isso tira-me qualquer possibilidade de ver uma nesga de futuro no horizonte, e já agora, porque o horizonte é sempre para a frente ou neste caso, porque a vida é em frente e não para cima?
As coisas deixam de fazer sentido, é como que se a música que me fazia inspirar já não soasse a nada...é um desejo de desaparecer daqui e ir para bem longe, longe da confusão desta engrenagem a que chamam justiça e civilização...
Ás vezes acho que nascemos e morremos numa rotina repetitiva e a maior parte da vida não é vivida no nosso mundo mas no mundo dos outros com as regras duma minoria para uma maioria...
12 meses, segunda a sexta mais sábado e domingo, impostos todos os dias...
Mais uma vez olho para aqui e paro um pouco...
para quem é perfecionista como eu, estou muito aquém pois nesta minha secretária jazem amontoados de papeis, panfletos, contas para pagar, mais contas, 3 livros e outros objectos além de algumas migalhas de pão...isto não acontecia antes pois nesse antes, tudo estava mais ou menos no sitio e arrumado e o pó não era muito...
Lembro-me de há uns 7 anos atrás ficar desiludido com certas coisas na vida, a decepção foi muita, acabei por me rodear doutras formas de vida que acho sublimes, um aquário com dois peixes, já não sei bem se era um ou dois, tinha uma planta esquisita num copo com um gel cor de laranja, um canário e uma caturra, tudo aqui ao pé de mim, para mim era um pequeno mundo com que eu podia contar nas horas de refugio que eram nada mais do que os intervalos entre as rotinas num mundo que já não queria como meu...
E hoje volto a não querer nada disto...tão diferente que eu estou...
Lembro-me que num passado não muito longínquo, por muito que me custasse levantar da cama cedo para ir para o trabalho, quando chegava um feriado ou um fim de semana, eram 7 da manhã e já estava a pé e sem sono e o meu dia começava cedo e se fosse Verão maior era o meu dia, e é claro que net não havia e tlm ainda não, tinha o bricolage, livros além de outras coisas mais e havia tempo sempre para a família que não era muito numerosa e por isso havia mais contacto amiúde, agora é tudo diferente, quem casou descasou ou nem por isso, as dificuldades da vida fizeram cada um ficar no seu cantinho, passa-se um dia, outro e mais outro e é um cá e outro lá...
Mais parecemos estranhos, agora...
Quantas vezes disse eu que tenho saudades de mim?
Do tempo em que a vida não parecia nada ser difícil de ser vivida e tudo corria bem...mas não sou só eu...isto é só um desabafo...
Estou a divagar por um montão de coisas...Não sei se vale a pena ficar aqui á espera da seg feira ou se mais vale ficar apenas por aqui...
Nada me faz rir nem nada me faz chorar, mas é uma tristeza, uma tristeza que não dói ou se dói, então eu já não sinto...nada...
É uma sensação que não é bem de perda, mas sim como se me tivessem dado algo, algo que eu acreditava muito e depois me tirassem o algo que me deram deixando-me ali especado a olhar incrédulo...
Não acreditar em nada é mau, eu sei isso e sinto isso...
Talvez hoje aconteça algo que me faça mudar de ideias pois eu sou assim, um dia estou num extremo, no dia seguinte já posso estar no outro...
Talvez aconteça mesmo algo, algo que ponha em marcha novamente todo o meu ser da forma como me conheço...
Quando nada acontece, tudo se resume num talvez que é um sim e um não...

terça-feira, setembro 25, 2007

Mais um tempo...

Aproveito um pouco mais do tempo neste fim de Verão antes da chegada das chuvas e dos ventos que tudo levam e não deixam nada...
Até lá, continuo mais um pouco aqui, não fazia muito sentido mudar o sitio e dizer o mesmo por um pouco mais de tempo...
Gosto da palavra tempo, faz lembrar aquilo que se vê quando se olha pela janela de manhã cedo ou quando chegamos lá fora, faz lembrar um segundo e uma eternidade, dependendo do ponto de vista, faz lembrar a vida que é um tempo, um tempo único...
Preciso de tempo...e não o vou ter!

quinta-feira, setembro 20, 2007

Um lapso de tempo...

Deixo este blog pelo caminho com algumas palavras ditas
e muitas outras que ficaram por dizer...
Gosto de escrever as coisas que assolam a minha alma
mas para o melhor fazer preciso não ter nome,
não ter côr,
não ter idade nem cidade...
Não quero se encontrado,
todos me podem ler mas sem me tocar...

Fica então este blog á mercê da erosão do tempo...

...

Todos os dias são um dia novo...
Um dia com sentir,
um dia no tempo e no espaço...
Um dia mais com a saudade sentida pela tua falta,
de ti que és única...
De ti que eu amo...

segunda-feira, setembro 17, 2007

n de rien...

Eu não tenho muito, mas dou tudo o que tenho...

segunda-feira, agosto 27, 2007

Tu em mim...

Já passava do meio dia mas não sei se estava sol
ou se era mais outro dia nublado em Agosto,
estava agora sozinho na estrada de asfalto...
O meu pensamento estava em ti...
trazia comigo o teu cheiro no meu corpo,
trazia comigo o teu gosto na minha boca,
as nossas mãos estiveram juntas
e o meu corpo esteve no teu...
trazia comigo o aroma do desejo
e o sabor a ti...

sábado, julho 21, 2007

Palavras para mim...

(...)

Olha morro de saudades de ti...do teu olhar lindo...dos teus olhos lindos, lindos a olhar para mim... a veres a minha sobrancelha :)

Sei que ainda vamos sofrer muito para estarmos juntos... mas também sei que vai valer a pena... e sinto que depois disto tudo passar vamos ser muito felizes...

Amo-te como nunca amei ninguém... amo-te perdidamente...

Nunca fujas de mim...eu nunca fugirei...

Mil beijos cheios de amor...

(...)

domingo, junho 03, 2007

To be...




Hoje nada foi igual apesar de tudo parecer igual...
Não há rotinas e todos os momentos são únicos...
Hoje perdi-me em ti e fiquei atento a ti que estavas em mim...
Sinto-te...Olho o teu rosto lindo repleto de doçura...
Oiço as tuas palavras e sei que te amo de forma diferente...
Afago o teu corpo com as minhas mãos em dedos de ternura...
Olho-te, olho-te toda, vejo-te como nunca...és real...
Olho-te...E os meus olhos brilham nos teus...

domingo, maio 27, 2007

Tantas coisas...

Tantas coisas tenho para dizer mas não sei ainda como dizer, é um aperto que se forma, é muita angustia e muitas noites sem sono, são o tempo que eu nunca quis...
Voltei a ter sonhos mesmo sem sequer ter adormecido, voltei a amar mesmo sem tocar e sentir o calor de quem amo...
Quem amo eu?
...
Eu sei, basta-me a mim saber onde está a magia do perfeito existir...
De que serve viver deixando passar a vida dia após dia e mais não sei quantos dias, para nada ser?
Uns dias antes tudo já não era igual...No dia 17 de Setembro tudo mudou, a terra deixou de girar da forma como girava, o meu coração deixou de bater da forma como batia, algures numa arvore um passarinho verde deixou-se ver...
Ele voltou...
Ontem ele esteve ali mesmo ao pé de mim...
Deixai o meu coração bater...
...
Amo-vos, senhora...
Querida...
(e aquilo...)

sábado, maio 26, 2007

Dia 26...

Afinal a Verinha não era a Verinha...eu é que oiço mal...
Mas seja como for, vou chamar a ela de Verinha...Soa bem e é um pronunciar querido...
Não sei como é nem com pensa a Verinha, apenas sei por saber e por mim mesmo, que a Verinha é a Mulher que fica, que nunca abandona nem trai, ela é muito, é Mãe e Mulher...
Gostava de lhe escrever para a poder elogiar por estes anos todos na vida sem desistir como ás vezes penso eu fazer...
Uma Senhora...E dela eu faço um modelo, um ídolo e uma presença na vida de quem me faz sentir tudo aquilo que eu sei que sinto...
Quando somos jovens há tempo para tudo para sentir e para largar...
Mas o tempo passa e deixa marcas que não se dissolvem por apenas querer...
Hoje é um dia, um dia especial onde a Verinha é Mulher principal, ela deu a vida...
Ela vive...vive e ama...Os filhos serão sempre dos pais...foi uma frase dita pelo meu cunhado que é chinês, não tem nada a ver, mas faz sentido...
...
Bom, hoje não estou grande coisa a escrever...
Acho que vou dormir um pouco, na esperança que se acordar, que o dia seja melhor e haja mais a sobrar para que possamos guardar para o dia de amanhã...

sexta-feira, maio 25, 2007

One day...

One day...e Divagar...
São como dois titulos num só...

Hoje renasci num pouco do meu ser, ser soa bem pois é ou parece ser algo mais do que já há...
Renasci porque olhei para o lado esquerdo enquanto caminhava num corredor iluminado,
olhei para esse tal lado onde havia um espelho sem intenção, mas que muito dizia...
Olhei e vi...vi o meu coração contrair-se pois eu era o monstro...e a bela caminhava ao meu lado, não olhei somente para mim, olhei também para a bela...e esta caminhava triste, eu sei porque eu vi...e senti...
Ela olhou o espelho mas nada viu, ela estava longe e ao mesmo tempo tão perto...
Ela estava ali ao pé de mim, mas eu sem nada saber dos como e dos porquê...
Somente fazia uma ideia...
Sabem...
Há algo que eu faço e não sei bem se isso é bonito ou feio, mas isso nem interessa pois eu valho por mim, pelo que sou e pelo que eu faço...Sou o culpado e ao mesmo tempo o inocente...sei, mas sei mesmo...
que muito por além do tempo eu sempre saberei, sei o quê? Sei o que sinto e sei aquilo tudo o que vejo...
Estou aqui a querer prestar uma homenagem ao dizer mas ao mesmo tempo sem dizer, há um todo sentir e isso eu não sei bem escrever, mas tento...
Hoje, hoje e em tempos, hoje outra vez e noutros dias também...
Descobri o segredo...mas este não se diz nem se escreve, este transmite-se pelo sentir...
Sabem...

One day...another day...last day...

É tudo o que eu tenho...mas guardo muito mais no meu coração e pudesse ser este aberto e lido e a muitos dado a ler, aí muitos e muitos muitos iriam saber tudo aquilo que eu sinto quando tenho de ir para onde eu não tenho nada, sei que são os olhos a luz da alma, sei que são os atritos a sombra da luz...
Há uma princesa, ela é bela...
e eu...apenas o monstro...

Há tantas coisas para dizer, há histórias para contar, há risos e alegria só porque hoje é dia que antecede o sábado...
Bolas...
Há coisas que nem se escrevem nem se podem sequer escrever, pois não há palavras...

...

domingo, maio 20, 2007

327

327?
Como assim? O que é 327??
Um numero apenas para quem lê...Para mim é mais do que isso, para alguém é também algo mais, embora só eu acredite...

sábado, maio 19, 2007

Abismos...

A palavra abismo é forte, desperta a atenção pois não é desconhecida de todo, houve sempre um momento na vida ou até a vida toda onde a sensação persiste talvez por existir mesmo...
Ser ou não ser?
Mas ser o quê??
Ser narciso ou não ser...
Eis outra questão...
Ser narciso eu sou pois sou como calimero preto e feio vestido com meia casca de ovo...
Podia mudar a cor da pena, trocar a casca por qualquer outra coisa e parecer ser aquilo que não sou...
Ainda gosto de mim assim apesar de não narcisar tanto assim, que faria eu com algo de mim que não é ser eu?
Por isso sou igual hoje ao sempre como fui...
Mudar eu mudo, mas com convicção e nunca para parecer ser o que não sou...
São palavras estas envoltas em enigmas que dá para entender mas ao mesmo tempo sem ter a certeza se era isto mesmo que eu queria transmitir...

Hoje sábado pelas tantas horas e tal, resolvi afogar os pensamentos e sentimentos
num balde de bebida rasca mas com sabor.. afinal, não é sempre assim?
O sabor de vodka é suave mas ao mesmo tempo agreste, sumo de laranja do lidl e duas pedras de gelo, uma rodela recortada de limão, (os recortes também ficaram no copo..)
uma rodela inteira rachada a meio e encaixada na beira do copo, finalmente uma palhinha amarela que eu tinha guardado há quase um ano, não que fosse para uma ocasião especial, mas sim porque sempre que quero uma palhinha para uma bebida, nunca há...
Não me sinto feliz ao primeiro trago, até porque os meus pensamentos estão a muitos kms de distancia...
Sinto-me dependente de algo...de alguém...
Afogo-me no abismo...
Soa bem, mas sabe mal...
Será que há alguém que me sabe traduzir?
Sentir...
Saber...
A que sabe a vodka?
Para que serve??
De que serve???
Ilusões...
Apetece-me fumar mas só tenho uns míseros charutos rascas, não me apetece arriscar..
Aquilo é forte e não me deixa a sensação de feliz por isso viva a vodka seja lá como ela for...
Falta a mim alguma coisa, não são os "parafusos" do costume...
Há alguém especial...
Sei que vive em mim...mas ao mesmo tempo é só que eu estou...
Como viver assim?
Abismo...
Sempre um abismo...
Sinto vontade de me deixar ir...cair...
Acho mesmo que a vida é um abismo, mas um abismo de queda lenta...
vemos a paisagem mas não conseguimos parar o movimento para a ver melhor, para a poder tocar...daí dizerem que há coisas na vida que são apenas uma passagem...
mas quem passa e quem fica? Onde está o movimento??
No abismo...há coisas que passam e logo são esquecidas, outras coisas ficam para sempre...
Eu até diria que essas coisas não são apenas a passagem mas sim o impacto...
São a dor...e o sentimento...que é a mesma coisa mas ao mesmo tempo não é dor mas sim aquilo que não dói e faz bem á alma...
E o que é a alma?
Por cada resposta ou tentativa de assim ser, mil e uma perguntas...
Toda gente fala mas ninguém sabe de nada...

Amanhã já é domingo, seja lá o que isso for...para mim é apenas a véspera do dia seguinte sendo este o dia laboral com a merda da rotina de sempre..
Tenho muitas coisas para fazer, mas é sempre difícil actuar num mundo que não tem nada a ver, pode parecer que ergui a varinha mágica e que proferi as palavras mágicas...mas não...
Afinal estou no abismo não estou?
Não será a queda que me matará...mas sim a paragem brusca...li isso algures...
Cada minuto, hora após hora...meio dia, um dia e mais...
Tudo é nada sem sinais, sem palavras, sem um contacto...
Caio mais depressa assim...
Abrandar a queda é prolongar o pairar, pairar é cair sem poder parar...
São coisas que eu digo, muitas vezes coisas tão certas, tantas vezes coisas tão erradas...
Quem sabe a dimensão da solidão?
...

segunda-feira, maio 14, 2007

Se um dia eu morrer...

Se?
Com toda a certeza eu não fico cá para semente...
Embora encare a possibilidade de ser mordido por uma vampira ou feito morrer por uma imortal ou até ficar isento de impostos, ficando duma forma ou doutra imortal para toda a eternidade, e isto só para não dizer para sempre...
Mas é claro que na volta morro como os outros, caio para o lado e alguém que me leve...Já disse a toda a gente, quando eu morrer quero que me levem deitado...
Por muito difícil que seja a vida (eis aqui a filosofia onde eu queria chegar...)
há sempre coisas que valem a pena, mesmo que por um único instante...tal como uma fotografia tirada á queima roupa...Mas eu quero algo mais, não quero viver como se fosse viver amanhã... Quem sabe? Quem duvida? Quem é Deus que tudo vê e que tudo sabe?
Mas eu não quero apenas um instante...Quero todos os instantes a que tiver direito, não faço por menos...
Vale a pena querer viver para poder ser...
É tão fácil...Bastava eu sair, caminhar um pouco naquele pequeno prado, colher algumas daquelas flores que eu já tinha contado aqui como eram...e onde elas estavam...
No calor de Maio...
Só sei que se porventura o coração me doer...então eu saberei que não dói por solidão mas sim porque há alguém especial...
Eu sei quem...
Toda a gente sabe que sim...

domingo, maio 13, 2007

Tarde de Maio...

Pouco passava das 19h quando começou a chover, as bátegas de chuva fizeram-se anunciar caindo nos vidros da janela, o dia já por si só foi enfarruscado, agora esta chuva ainda mais acinzenta a tarde tornando-a triste para mim, muito mais triste do que hoje de manhã quando acordei, novamente só...
è mais fácil escrever quando estou triste, talvez por ser a única forma que tenho de comunicar para alem do mundo, quando estou mais do que feliz, nem preciso estar aqui pois há sempre alguém especial com quem partilhar os dias de sol, quando não há sol, não há ninguém e por isso não vale a pena sair á rua, chove sempre...
É nestas horas que me lembro da minha ilha deserta, muitas vezes esta ilha é só minha, outras vez há mais alguém que me acompanha sempre, mas, quando só nessa ilha eu estou, sei que não haverá carteiro que trará más noticias, sei que não haverá leis e por conseguinte não haverá injustiça, teria a paz ao preço alto da solidão...
Quando não há vazio no meu coração, então nunca estou sozinho nesta minha ilha já sem solidão...

(A chuva abrandou mas a tarde nem clareou por um instante, também é o entardecer, é suposto assim ser...)

Por vezes não é uma ilha que eu quero, esta só serve de refugio...
Quero uma casa nem grande nem pequena e sempre com muita luz,
faço questão que tenha defeitos pois era desenhada por mim,
quero que tenha um quintal, mas um quintal bem grande onde poderia plantar desde flores a árvores de frutos e também vegetais e legumes, de manhã colheria algumas flores amarelas e violetas iguais ás que vi ontem mesmo junto á estrada onde parei para ver a luz da minha alma, faria um pequeno ramo que deixaria na jarra no centro da mesa da sala, traria comigo alguns morangos silvestres e cerejas do mês de Maio,
quero ter seis patos e seis galinhas, os patos porque sempre quis ter um, as galinhas porque põem ovos e não há nada como ovos caseiros...
Quero uma casa rodeada de paz, recheada de amor porque nela eu não moraria sozinho...
Tantas são as maneiras de dizer o que sinto e o que quero, esta é uma delas...
Tão parecida com outras maneiras minhas...






Semelhanças...



Boris Karloff e Bento Dezasseis, mal o vi fiz logo a comparação...
Lembro de Paulo VI e deste ultimo que morreu, ambos tinham uma feição sorridente,
mas este de agora nunca gostei dele, talvez pela semelhança tal, até pode ser bom rapaz, mas...prontos, que interessa? Não fosse a semelhança nem teria cá escrito nada sobre ele...

Areias finas...

O tempo passa como areias finas e brancas que se escapam por entre os dedos,
sinto que nada acontece de novo e sei que agora tão pouco posso fazer acontecer...
Que me valha a providencia pois ela existe, algures...
Caminhar sozinho...
Ninguém com quem falar...
Apenas quatro paredes, uma janela encoberta e uma tela por pintar...
Que saudades tenho de mim e das praias do tempo onde eu caminhei...
Hoje é dia 13 de Maio...Dia de Fátima, segundo sei...
Em 2001 também era domingo tal como hoje...
Sete anos, um espelho partido...
Sobrevivi...Quero o meu prémio, hoje...
Quero a minha vida de volta,
levo comigo tudo de bom que me aconteceu nestes sete pedaços de tempo,
o resto deixo ficar...
Fecha-se um ciclo, tenho fé que o novo seja melhor, tem de ser...
Ninguém fica para trás...

quarta-feira, maio 09, 2007

Parábola...

Plantei um feijoeiro e pus estacas...
O feijoeiro não cresceu mas a estaca floriu...

terça-feira, maio 08, 2007

Peregrinos...

Peregrinos nestes dias fazem-se ao caminho na direcção duma fé ou apenas para cumprir a promessa da jornada que prometeram percorrer caso isto ou aquilo acontecesse nas sua vidas...
Eu cá tenho algumas promessas para pagar, recentemente tenho uma caminhada até Fátima pra fazer, mas não agora pois há multidões e eu gosto de caminhar calado ou então ao lado e alguém que me diga muito, sei que caminharei na estrada sozinho, também não quero ajudas pelo caminho, é bom caminhar com os pensamentos, poder estar aqui e acolá tal como quando leio um livro ou vejo um filme, pelo caminho ficarei em forma sem ter de correr, pelo menos um bocado de barriga espero perder...
Quando lá chegar eu direi...eu disse que um dia vinha e agora já cá estou...é uma troca num acto de fé, eu pedi e obtive, agora agradeço por mim e por mais alguém que também queria vir mas que não podia caminhar como eu...e pelos que já cá não estão, eu acenderei algumas velas, acenderei outras mais por aqueles que ainda cá estão...
Talvez um dia não seja preciso prometer nada, talvez um dia caminharemos juntos na mesma direcção sem nunca nos cansar...
Hoje vi eles a caminharem no tal caminho e eu pensei que também poderia ser eu ali, mas não naquela multidão...
Vale a pena, por alguma razão vale a pena...

segunda-feira, maio 07, 2007

Outubro 1999...

3 pontinhos...
Uma pausa no falar, no dizer por assim dizer...

Estava eu em 1999, fui á disney de Paris...eu sempre quis ir ver aquela merda, (isto de merda só surgiu depois de lá ter ido...) E lá fui eu com algumas pessoas amigas, uma delas já lá tinha estado e por isso eu relaxei o programa das festas e foi assim que me fudi...
No aeroporto Francisco Sá Carneiro apanhamos o avião até o aeroporto de Charles de Gaulle...
Fomos fora do programa pois este exigia a partida de Lisboa, mas como enjoo nas viagens preferi ir a partir do Porto...
Embarcamos todos, pra mim era novidade embarcar num avião, os lugares eram para três de cada lado e as janelas eram muito pequenas e não tinham coiso para as abrir, sentei-me no meio e reparei que se me acomodasse ao "recinto" iria por os meus cotovelos na coisa de os por, mas...e quem fosse dum lado e do outro?
Não tive tempo pra pensar, aquilo avoou por ali fora e eu nem tinha decorado como se fazia em caso de tragédia, mas logo logo os garçons, digo...os comissarios de bordo fizeram chegar os carrinhos com a comida...lol...era massa meada com peixe cozido, tudo num tabuleiro pequenino que continha uma saqueta de sal, pimenta, molho de tomate, salsa picada e por picar, palitos e um copo de água com tampinha no lado de cima, sopa, pão, doce, salada, e uma pequena ave ressequida que eu não sabia se era para comer ou se era para usar ao peito pendurada com um fio de cor preta...
havia vinho também e depois trouxeram café e umas garrafinhas de coiso...lol...
abarbatei meia duzia delas...
mas...já contei o que se passou no portal de embarque quando o meu canivete Suiço fez cantar o alarme lá deles?
Mas tirando isso, eis que chegamos aonde teriamos que chegar...
O avião que era um Boing, fez um TRUNC dos grandes ao colar-se ao asfalto da pista...
depois andamos quase 15 minutos em pista, passando por cima de autoestradas etc etc...
Foda-se...pra isso tinha vindo de carro...
Lá paramos no sitio que deviamos parar, saí de lá e fui atrás das malas, tinha aquilo cheio de rissóis e panados, eram meus...meus...
Como não tinhamos seguido á risca o programa da agencia de viagens, tivemos que sair no sitio onde saímos e fomos de Vagonette e de Metro, chegamos ao sitio onde deviamos chegar era para aí mais de meia noite...
E dar com o sitio onde era o mais sitio de lá ficar?
Era uma da manhã e algures só se ouvia um ruido...Trunc Trec Trunc...era a minha mala com rodinhas em cima da calçada americana...digo, francesa...
Com imensa dificuldade lá consegui saber onde era o Sequoia Lodge...
Lá chegamos e eu fiz a festa ao perguntar aquilo que não digo agora...
chegamos ao quarto, a decoração era a condizer com a Disney, as mantas e os cortinados tinham motivos do tico e do teco, á frente havia um armario que quando aberto mostrava uma tv das grandes, perto da casa de banho (lol, roubei os sabonetes e aquelas merdas todas)... havia um frigorificozinho castanhinho, não o consegui abrir e só passadas duas horas é que vi que aquilo tinha de ser aberto lá na recepção...
fui lá e puff, deu-se um milagre...
enfrasquei daquelas coisa pequeninas...que noite...
De repente era dia e por isso já tinha amanhecido, desci pra baixo e na sala de pequenos almoços havia sacos de papel prontos a albergar meia dúzia de croissants e outros tantos de yogurtes...
fartei-me de andar a pé, não era permitido mastigar chiclet pois isso colava no chão, fui até ao parque temático...
Havia tanta gente e a fila era de largas centenas, para não dizer de dezenas...
A primeira coisa que andei, foi na montanha russa alusiva ao velho farwest...
só de pensar ainda me doi o fundo das costas, os vagons eram de madeira sem forros macios, aquilo era mesmo um cavalo de pau...
foi dada a partida e num ápice o comboio foi por lá fora em direcção a um túnel escuro que era a descer...
Havia uma máquina que tirava fotos de quem lá passava e á saída vi eu ali...
paguei num sei quanto...
era eu ali de mão agarradas ao suporte de madeira, de olhos arregalados e aterrados...
lol
Já rasguei a foto...
Não faltavam botecos onde vendiam souvenirs, algumas coisas comprei mas a colecção de porta chaves do Mickey veio emprestada, um a um...
Sem dúvida o que eu mais gostei foi do simulador de voo alusivo á guerra das estrelas, andei nisso 3 vezes até porque passado o fim de semana, na segunda feira havia tempo para ver e andar em tudo, a casa assombrada e a ilha dos piratas também foi divinal, gostei imenso também das cenas em três dimensôes, dispensei o resto das montanhas russas...
etc...
E a comida? Passei fome porque tudo custava uma fortuna, uma mera lata de cerveja rasca holandesa custava 45 francos, salvo erro, o café não prestava e por isso trouxe algumas chavenas de lá, trouxe também um cinzeiro de vidro made in france, e do restaurante Rain Forest, todo cheio de motivos alusivos á selva africana, trouxe o pimenteiro de porcelana, ainda tem pimenta e volta e meia eu a uso...O restaurante era nice mas muito caro, paguei 17 contos e meio por 5 refeições só de prato e bebida, eu comi umas coisas de costela que mais parecia de gato e batatas fritas ás rendinhas, elas comeram massa que era laçarotes com um molho esquisito, mas quem lia a ementa parecia que esse prato era abundante de comida mas eles só descreviam os componentes do molho, eu cá escolhi o que um chinês estava a comer ali numa mesa perto de mim, na volta era gato mesmo...
Durante o dia havia por lá uns botecos de comida, comi uma coisa que era metida numa massa de pão que parecia um bolso, já vi disso aqui e se chama pão pita, (está junto com o pão normal nos hiper) só que a massa desse pão era mais fina e resistente o que me fez lembrar a massa dos burritos...aquilo depois era enchido com o que me parecia ser febra de porco frita ás tirinhas e cebolada...comi alguns desses...
Havia uns guias com mapa das varias zonas assim como assinalavam lá os wc, era engraçado, havia a distinção entre os masculinos e femininos com os bonecos do costume, mas...as gajas tavam lá, lol...eram na maioria suiças, de pele branca, olhos azuis e cabelos loiros, mas loiros mesmo...
Conheci lá uma moça que fazia parte da "tripulação" do parque, estava ela no navio movido por pás, igualzinho ao do mark twain...não sei o nome dela e ja nem sei como ela era, mas soube bem ouvir o Português...
Bem, assim de repente não me lembro mais nada, por isso cá vamos de regresso...
No dia seguinte e já de malas aviadas cá fora do hotel, esperavamos o bus que nos levaria ao aeroporto, na paragem um casal Português traduzia o que alguém dizia, fiquei danado porque eu já tinha traduzido isso mas a senhora de ar queque fez de conta que todos eram tones...depois lá no avião ela continuou a traduzir...
Desta vez na viagem de regresso, o avião era maior mas de igual modo sem espaço nenhum, a comida excelente que nem falo dela, mas que a comi lá isso comi...mas não comento...o pessoal era brejeiro e aquilo mais parecia um café onde todos falavam e falavam e não havia sossego, era dia ainda e as nuvens pareciam os carneirinhos do costume...passado um bocado o nariz do avião inclina pra baixo indicando a perda de altitude que é como quem diz que vai despenhar-se caso não aterre bem, e não é que o pessoal calou-se? (ah, gosto da parte da turbulencia, todos se calam também mas a sensação que a turbolencia faz é muito parecida com aquela quando vamos de carro e saimos do asfalto lisinho e entramos no empedrado, é tal e qual)que sensação agradavel a de descer, o pouso foi suave e num instante lá estava eu á procura das malas no tapete rolante...e prontos, foi assim...

Vazio...

Hora do almoço, eu quase nunca almoço mas hoje até me apetecia, é que ao domingo eu nunca janto e por isso a fome é negra agora...
Por outro lado não me apetece ir pois não gosto de ir sozinho, gosto de companhia mas nem sempre pode ser assim e prefiro aqui ficar, pelo menos descanso que o desgaste tem sido muito...Também não estou grande coisa para conversar, ia gostar muito do silêncio na companhia duma pessoa especial...
Estou aqui mas estou ausente, estou algures não muito longe onde deixo pousar o meu pensamento...
Lembrei agora da letra da canção..."Não há machado que corte a raiz ao pensamento..."

A paciência para o trabalho não tem sido muita, já que se avizinham dias maus, tristes e infelizes, não sei se dói mais agora só de pensar nisso ou se será pior depois, também não consigo me alhear ás coisas, neste momento peço muito pouco...
Já sei que não resolvendo estes assuntos pendentes, que todo o resto será perdido,
não vale a pena querer mais do que aquilo que eu posso dar...
Com estas coisas encho-me de pena de mim próprio, mas...a pele é minha, é a mim que dói e não aos outros...
Os dias que virão, o dirão...

Entretanto continuo a minha saga...
É difícil enfrentar o dia a dia no plano laboral e sorrir para com os outros, falar com eles e fazer de conta que eu estou ali, pareço estar mas não estou...
Uso apenas a máscara daquilo que esperam de mim...

Em casa, a minha gata fita-me com os seus olhos de tigre, assim muito arregalados e assustados como se já tivesse esquecido que quando ela nem um palmo media, que era eu a companhia dela e que a alimentava com aquelas iguarias pra gato, ou talvez ela olhe para mim e me leia melhor do que eu mesmo posso contar a escrever...
Ontem foi assim...

Estiquei-me para trás na cadeira, fechei os olhos e deixei-me flutuar na cores que se formavam e por instantes adormeci...mas logo despertei visto já serem 14 horas e quem foi almoçar regressou...
É hora de partir...
Vazio, sem nada, sem motivo, sem animo...
Talvez algo aconteça pelo caminho, talvez o dia de hoje seja mais do que um dia de sol...

8 minutos...

É o tempo que tenho até ás 9h mas isso não quer dizer que saia disparado daqui, fico sempre mais um pouco, ora a escrever, ora a fazer algum trabalho remoto...
A escrita tem sido a minha fuga, a minha maneira de falar quando estou sózinho, no entanto não gosto de manuscritos e máquina de escrever foi coisa que nunca tive, quando o computador passou a ser uma ferramenta diária e logo a seguir apareceu a net, não só pude escrever da forma como gostava como também o podia editar algures...e assim fiz, muitas palavras desfilaram no meu monitor e ficavam lá no espaço virtual durante uns dias até serem consumidas pelo tempo...
Hoje, graças aos blogs, lá vou escrevendo quase diariamente aquilo que me vai na alma, quer seja no momento quer seja por mais tempo...não dá para traçar um retrato meu pois misturo as emoções como se de manhã estivesse zangado, de tarde estivesse triste e á noite imensamente apaixonado...sei que transmito muita insegurança e muita falta de gostar de mim, só eu sei como é estar aqui na enrrascada que estou e não ver maneira de sair dela, o peso do tempo que isto já leva começa a fazer danos,
espero que com isto ter aprendido a não descurar as coisas que fazem parte do mundo que não aquele mundo onde eu vivo e gosto de estar, se vivo em Roma tenho de me comportar como tal, não é?

domingo, maio 06, 2007

Morrer...

Sim...
Não me deixes por aí...
Não me deixes ao deus dará...
Não morras nunca...
Nem nunca morrerei eu...
Morres-me a mim...
E eu sem ser escritor nem usar brinco na orelha,
deixo-me morrer...
Sinto-te...
Morro...
E tu deixas...
...

O diabo e eu...

Finalmente o grande mestre apareceu!

Tudo teve inicio quando a vida entrou numa fase reviravolta geral, toda a gente gosta de sentir a sua segurança e estabilidade, de adormecer sereno e acordar melhor ainda, eu não sou excepção..e quando rezar ao céu começa a falhar começo a ponderar se não estarei a orar ao santo errado, entre o paraíso e o inferno há meio termo?
Ou uma coisa, ou outra...mas, onde é que eu estou agora? Viver na terra não é ter paz mas também não é ter guerra, não é viver um inferno mas também não é um paraíso...E podia continuar a blogarear por aí fora, mas isto basta...
Usando uma frase feita em que "nós é que fazemos a vida e tudo que sucede é consequência dos nossos actos" está muito correcto para ambas as partes, mas...
(o "mas" e o "se" faço questão de abolir do meu vocabulário, mas...se, entretanto não posso, lá terei de os usar...)
E os leitores perdoem o facto de eu divagar entre varias histórias ao mesmo tempo fazendo jus ao leia três num só, há que pegar nos trailler e ver o filme todo seguido...
Onde ia eu que ia falar sobre o diabo?
A toda a gente aconteceu e ainda sucede ver-se numa enrascada sem solução á vista e de repente tudo se resolve como que se um anjo da guarda nos guiasse pelo caminho mais certo e durante essa caminhada arreda-se para o lado todas as pedrinhas que por lá apareciam tornando a nossa caminhada suave dando tempo para recuperar forças...
A mim já aconteceu muitas vezes cenas dessas...
Mas, quando se gasta todos os desejos que o anjo tinha para conceder e quando não há mais moedas para atirar ao poço dos desejos, ponho em causa toda a estrutura por detrás do altar...então, deixam-me a meio do caminho? Sim, já sei que me ensinaram a pescar e agora tenho de o fazer ao invez de me darem o peixe...
Mas...onde está o rio, o lago ou o mar? E a cana, a rede e os anzóis, sem falar nos ditos iscos? É como tirar um curso de arte piscatória e morar em pleno deserto,
como posso trabalhar como pescador onde não há peixe que não seja fora da agua já morto e congelado? De que me serviu o anjo quando me ensinou a pescar peixe num mar de areias secas?
De que me servia a mim ir á igreja assistir á missa das 11 e bater com a mão no peito, tudo a favor dos santos quando o maior destes é banqueiro (prós maus entendedores, isto é um trocadilho com o BES, entenderam?)
Voltando á vaca fria...
O dinheiro é coisa do diabo, dizem eles, mas no entanto na missa estendem um prato de palhinha de mão em mão afim de o encherem com...dinheiro...
Dinheiro? Porque falo tanto dele? Não o amo, mas preciso dele...isto dito assim soa mal...repito...
Notas? Porque preciso delas? Não as amo mas preciso delas...
E então eis que chega o diabo á cena...
Tudo aconteceu ontem á noite...mais uma noite de sábado á noite, (esta do sábado á noite foi de propósito) eu estava a ver um desses filmes que dava no axn e como já o tinha visto varias vezes, deixei que os olhos se fechassem lentamente assim como o sono vinha vindo...era quase meia noite, o relógio da sala faz a cantarola do costume dando as badaladas, eu como sempre desde que as oiça, começo a conta-las, é meu hábito...destas vez contei 13 e não a dúzia do costume...acordei em sobressalto mas logo o quarto iluminado pela meia luz da tv e do monitor do pc se tornou frio e preenchido de neblina gélida, o ar tinha um odor estranho que não o do incenso que esteve antes a queimar...estaria a sonhar?
Uma voz ecoou na minha mente...
Chamaste e eu vim...
Já sabes o que quero, que queres tu de mim?
Recuar eu não podia mas o preço do avanço eu também não queria, tentei negociar
e disse o que pretendia para a minha vida, mas nunca em troca da minha alma, esta seria sempre minha nesta e nas vidas vindouras, em troca eu lhe daria outras almas que durante a minha longa vida abastada eu seduziria e lhe faria chegar ás portas do inferno, dito e feito...
O negócio parecia ser bom para ambas as partes, ele obteria não uma mas varias almas e eu ficava na boa vida usufruindo tudo á minha maneira...
Anda, disse ele, vem ver como é o inferno...
Uma parte da neblina estava iluminada com uma luz de tons laranja, aproximei-me e ambos descemos, sentia as profundezas aproximarem-se...descemos durante alguns minutos, quando saímos da luz que nos envolvia, pensei que ia ver chamas e demónios com forquilhas a picarem o rabo das almas penadas, mas não...
Estávamos na rua em pleno centro da cidade, tudo era igual, tudo...
Mas...isto é o inferno? Indaguei eu...
Sim...Se as pessoas fossem boas, seriam anjos, não era?
Foi aí que eu tive a certeza que não há a terra, o paraíso e o inferno...
Há apenas o três em um, aqui há o tudo, o lado somos nós que escolhemos, mas quando fazemos as escolhas, como saber se o fazemos por nosso próprio discernimento ou se o fazemos sob a influencia de outros?
Sinto que andei de lado para lado, saltaricando entre o céu e o inferno...
Agora nada de contratos a prazo...passo a pertencer ao quadro...
Como sempre, um contrato precisa ser devidamente escrito e assinado...
Uma faúlha vinda de não sei onde tocou-me no dedo indicador golpeando-me com uma dor alucinante, entendi que estava prestes a assinar o acordo e assim o fiz...
Não me lembro de quem nem de como, lembro-me do odor que agora sei que era a enxofre e da neblina gélida...
Acordei, pensei que tudo tivesse sido um sonho...um pesadelo...mas não!
Era meia noite e um minuto, parecia ter decorrido mais tempo do que isso desde as doze badaladas mais uma...
tudo teria sido um sonho ou pesadelo, não fosse algumas marcas de casco fendido no chão gravadas a fogo...não fosse o pequeno golpe no dedo indicador da mão esquerda...
Tudo me leva a crer que amanhã será um novo dia...
Agora faço parte do inferno onde sempre vivi...
Pensem nisso...
Pensem também que podemos viver para sempre num espaço misto e partilhado, sem nunca deixar que os outros invadam esse espaço, é quase como amar uma única mulher sem deixar que terceiros entrem na nossa vida, na minha vida...
Tudo o que vale, é o que for mais durador, mesmo no inferno o amor tem valor pois une duas almas e estas arderão na paixão da eternidade...
Aproveitar o que a vida nos oferece é muitas vezes sermos parasitas sem eira nem beira...
Que esperar da vida quando esta vagueia pelo paraíso e pelo inferno?
Não sei se me fiz entender, mas a vida não se resume apenas á existência condicionada mas sim aquilo que queremos e por conseguinte fazemos acontecer, pois obstáculos vai haver sempre e morrer é como a gi Jane tocar a sineta...é desistir em troca da segurança e do que for mais fácil...












sexta-feira, maio 04, 2007

Another Day...

There's a story in your eyes
I can see the hurt behind your smile
For every sign I recognise
Another one escapes me

Let me know that plagues your mind
Let me be the one to know you best
Be the one to hold you up
When you feel like you're sinking

Tell me once again
What's beneath the pain you're feeling
Don't abandon me
Or think you can't be saved

I walk beside you
Wherever you are
Whatever it takes
No matter how far

Through all that may come
And all that may go
I walk beside you
I walk beside you

quinta-feira, maio 03, 2007

Ele há cada uma...

Pois...
Ao fim da tarde passo no sitio onde se compra hamburgers, compro aquele que dá bonecos, é para levar para casa mas de repente lembro-me que não pedi sem queijo, paro na berma da estrada e desembrulho o dito, descolo o queijo...e não é que agarrado a ele vem uma cauda...de RATO????? Que nojo, abri o vidro e atirei tudo lá para fora, coca cola e tudo, as entranhas se revolveram e desandei dali para fora, devia ter voltado para trás uma vintena de kms e reclamado, mas não me lembrei disso, só sei que não volto nem sequer a pensar em comer algo parecido quer com queijo ou sem queijo, devia haver maior fiscalização ou controle de qualidade, já tenho dúvidas do que já comi até hoje, dizem que o que não mata, engorda...
Não morri e até que estou um tanto quanto anafado...
Mas ratos???
Porque não baratas? Já me tinham contado que o molho das batatas é nada mais nada menos que o recheio do abdómen delas com salsa picadinha...daí os coisinhos verdes que aparecem no molho!!!!!!!!!!

Pesadelos...

Lembrar-me dos sonhos é bom, mas lembrar-me dos pesadelos já não é tão bom assim...
Acabo de acordar sobressaltado por um daqueles de arrepiar, talvez efeitos ainda da gripe que veio em fins de Abril e dos Benuron ingeridos, só sei que a sensação era por demais real...
Estava eu no meio dum aglomerado urbano, conduzia uma viatura estranha ou pelo menos me via a conduzir, a velocidade era muita e não conseguia abrandar, simplesmente fazia o possível para não embater em nada mas os obstáculos surgiam de todos os lados, sem controle bati de frente num veiculo e foi aí que acordei, foi muito intenso e desgastante este pesadelo, andar na estrada faz parte do meu dia a dia e já apanhei sustos até dizer chega, na maioria das vezes em situações que nada tinham a ver com azelhiçes minhas...mas muitas vezes eu sonho mas não é a mim que acontece,
segundo recordo da ultima vez que tive pesadelo semelhante, no dia seguinte pela manhã ligava-me um colega a pedir-me boleia já que tinha tido um ligeiro acidente na noite anterior...bom, antes ele que eu...
Já tive pesadelos que se tornaram parte da realidade como uma espécie de pronuncio dos dias seguintes, detesto esse tipo de coincidências, já me basta as vezes que penso em determinada pessoa, pessoa essa que nada tem a ver comigo a não ser em relacionamento profissional, apenas de repente penso...e passado minutos lá vem uma chamada dela pro tlm...

terça-feira, maio 01, 2007

Eu acredito...

Por assim dizer, eu acredito!
Acredito no amanhã e nas pessoas da minha vida,
Amo os sons e odeio os silêncios,
lá fora a chuva cai em sons de silêncio,
um dia serei eu que estará lá fora na paragem á espera do autocarro,
esperar...o que é esperar? É muito daquilo que eu tenho feito por acreditar
que o mundo é grande e que as pessoas são como eu mais ou menos parecidas...
Muito me enganei com este mundo que afinal não é tão grande assim,
nem as pessoas são assim como eu julgava que fossem...
Quando eu partir, levo comigo a caixinha onde jaz o meu coração
retalhado por palavras que ferem que nem punhais...
Levo comigo tudo a que tenho direito, levo o tempo comigo, o tempo que passou,
levo o presente e o futuro será para sempre meu,
eu por tanto querer, tudo perdi...
Palavras que foram que nem profecias, só que aconteceram no inverso,
já me tinham dito, cuidado com o que desejas, cuidado com o que dizes...
E assim foi, tudo o que disseram aconteceu, mas ao contrário...
O prometido é devido e se eu puder ajudar, eu ajudo...
Pois eu acredito...

A ampulheta...

Um a um os grãos minúsculos de areia passam pelo tempo tão rapidamente que faz restar tão pouco tempo, há um caminho a seguir que é mais fácil, basta para isso tocar a sineta e todo o tempo pára para que possamos sair...
É tão fácil, a sineta está sempre perto, basta esticar o braço e com a mão agarrar o pedaço de corda amarrada ao badalo, soa a sineta e a porta de saída se abre...
Mas isso é tão fácil, demasiado fácil...
Fico mais um pouco pois há outro caminho, um caminho de incerteza já muito amaldiçoado...
É nele que hoje caminho, sozinho como sempre, sozinho porque este é o meu caminho, traçado por mim, sei que no fim do caminho não haverá nada nem ninguém á minha espera, ás vezes pergunto-me...então para que caminhar?

segunda-feira, abril 30, 2007

La vita comincia domani...

Espero que sim porque esse amanhã começou hoje...

Guido de Verona nasceu em 1881 e assim viveu até por fim á própria vida em 1939,
se bem contei pelos dedos, tinha 58 anos...

sexta-feira, abril 27, 2007

Efeitos...

Pingo a pingo a cera derretia-se deixando um cheiro de silêncio...
A tesoura retalhava o tecido numa ânsia iminente de agradar os propósitos,
a linha branca repousava estendida ao lado da caixa de madeira forrada com algodão,
de seguida eis que chega a hora de fazer só por fazer sem sequer levar em conta
a seriedade da ocasião que tanto podia ser mortífera como benéfica, tudo era parecido mas nunca até então tinha sido tentado, não há como saber mas não custa nada experimentar já que mais vale tentar do que nunca o fazer!!
Dito e feito, disse eu erguendo-me da cadeira!
Amanhã vejo quando os pássaros me cantarem junto á janela, amanhã eu vejo...

(extraído de "Retalho de um momento")

quarta-feira, abril 25, 2007

5 euros no bolso...

É verdade, só tenho 5 euros no bolso e 3 cêntimos da sorte na carteira e uma porrada de dívidas atrasadas e já com cães atrás de mim, tenho ainda um montão de cartas para abrir e outras já abertas, cada carta que abro é um calafrio na espinha que sinto e olhem que não é nada orgasmico...
Com a minha falta de dinheiro quem ganha dinheiro são os bancos, os advogados que se revezam nas cartas, os solicitadores, os tribunais e a minha madrinha que além duma máquina de lavar que já tem mas que quer que eu lhe reembolse, também quer uma varinha mágica, isso também queria eu, ora!!!
(Quando era puto dava na rádio publicidade de varinhas mágicas á venda em Cedofeita por apenas 300 escudos, chateei a minha mãe para comprar uma, para mim varinha mágica era mesmo isso e não aquilo que na realidade é)
Fiquei deveras zangado há pouco quando ao desfolhar a Forbes virtual vi lá no topo o Sr Bill Gates e cá por estas bandas o Sr Belmiro de Azevedo que por acaso conheci pessoalmente em 85 quando lhe consertei a avaria no telefone dele, nessa altura eu tinha mais dinheiro e ganhava mais em comparação com os dias de hoje, ah...bons tempos...
Mas dizia eu...esse site dizia lá que, passo a citar:
"Com a morte de António Champalimaud, Belmiro de Azevedo tornou-se no único português a figurar na famosa lista da revista Forbes, com um fortuna avaliada em 1.6 mil milhões de euros"
Quando escrevi essa quantia na minha calculadora, em vez de aparecer ERROR apareceu
LOL...
Quanto ao Bill, nem escrevo aqui os tostões dele já que ele não me vai emprestar nenhum...
Este meu comentário tem razão de ser, estou na parte mais baixa do poço mas ainda capaz de ajudar quem de mim precise, tenho dado metade do que tenho tido á mulher que eu muito amo, a vida não tem sido fácil também para ela e não devemos seguir a regra de um por todos e todos por um? Claro que não, isso é só nos filmes mas eu sou assim e partilho as minhas coisas que ás vezes são boas e outras vezes são más...
Muitos dos intervenientes da Forbes são bons samaritanos mas quando lhe interessa publicidade para o negócio e ficar bem perante os media mas esquecem Deus que tudo sabe e vê, (é o que dizem não é?)depois quando a vida interior e a saúde vão mal, há que mandar vir o papa ou a legião estrangeira, abrir os cordões á bolsa para parecer ser generoso e comprar a Deus alguma saúde e alguma paz interior...
(Será que fizeram algum pacto com o diabo? Porque não dividem o que tem em excesso?
Pois...o senhor das trevas não quer...)
O dinheiro dura uma eternidade se for preciso pois é apenas coisas inertes, mas as pessoas não, a vida acaba quando tiver que acabar e muitas vezes sem avisar,
não sou rico não, pois não...mas se porventura fosse, á minha volta haveria um circulo grande de pessoas mais felizes por terem saído dum poço tão igual ao aquele meu, recomeçar de novo faz sentido na própria vida e não na próxima...
Porque só interessa os negócios a eles?
Que fazem pelos outros?

Deixo-vos o meu nib abusem dele que eu deixo, sempre quero ver qual dos da Forbes dá mais...
(dizem que é proibido coisas destas de deixar nib's e coisas assim, mas...
fico muito mais zangado se me penhorarem o blog, olhem que fico...)
Aqui vai o dito, 003300000001578752705 e quando receber o primeiro cêntimo, vou imprimir o extracto combinado (é o que diz na carta que me enviam mensalmente juntamente com uns panfletos a sugerir a compra de alguma coisa...)
e postar aqui e por numa moldura num acto de bem haja!!!
Até já...

terça-feira, abril 24, 2007

Conflitos...

Escrever aquilo que sinto tem sido uma constante em mim que acho muito difícil escrever só por escrever, a inspiração vem de dentro do sentimento e poucas vezes do pensamento apesar deste dar uns retoques, poderei eu escrever um livro ou algo que assim pareça sem sentir? Se pudesse então teria uma estante deles...
O eterno conflito entre o coração e a mente...o sentimento e a razão porque terão de estar de acordo?
Quando falo do coração, falo da alma que ilumina o meu ser...
A alma sabe...a mente está ainda a aprender...
Eu até diria que a alma sempre existiu, mas que a mente nasce connosco e faz parte do mundo no qual vivemos, falo por mim...
E o conflito será eterno pois para o coração não há razão...e, tem razão!

Filosofia minha que tento sempre encontrar uma razão para tudo...

sábado, abril 21, 2007

Para sempre...

Que mais quero eu?
Tenho os meus sonhos embora que eles já todos trocidados pelo comboio que veio para me levar mas que não parou e me apanhou em cheio...
São meus estejam como estiverem...levo comigo aquilo que me deram e durante muitos e muitos anos algo será meu, apenas meu...

Hoje estou triste, mas ninguém vai saber porquê...já vi como se faz e também faço igual...penso mas nada digo e o que disser é pensado...mas não sentido...
E por fim, tudo é amargura...
Não sei bem qual o prémio adquirido com tudo isto...talvez uma desilusão ou então um retorno dos actos...
É assim que a coisa funciona...a bola vai e vem...
O que sinto não interessa a ninguém, oiço as palavras não condizentes com os actos e por isso a veracidade se perde e não volta mais...
Ver de outra forma, sob outro prisma tem sido uma constante...
Fico triste com isto, ainda mais porque isto me empurra mais para o fundo onde apenas não há nada...somente o silêncio e o vazio...
Mas...
Não é isso que eu tenho agora?
Dou a importancia em troca do nada...
Dou o tudo em troca do nada...
Dou-me a mim e fico sem mim...
Só quem me ama me pode entender...

E hoje morri mais um pouco...

quinta-feira, abril 19, 2007

Acordar...

Acordar para quê?
Adormeço sempre com esperança mas pela manhã acordo sem nada...

quarta-feira, abril 18, 2007

As coisas que eu sei...

Sei coisas que nem deveria saber...
Perde-se o gozo quando já se sabe de antemão o que está mais á frente...
Mas vale a pena ser "voyeur" e assim poder estar um passo mais á frente,
que papel triste as pessoas fazem quando pensam que os outros não pensam
nem tem olhos na cara!

Amanhã conto o resto!

De bom para tolo...vai pouco...

Estou farto de ser "ingénuo" e acreditar nas tretas que me dizem,
acabo sempre por me desiludir com estas merdas,
ainda mais por terem vindo de pessoas conhecidas,
na primeira todos caiem, na segunda cai quem quer e na terceira somente quem é burro...
Claro que caí na primeira vez,
mas depois fico atento e a coisa já não me passa pelo coração,
nem sequer pestanejo e fico só a ver até onde isto vai...
Sabe bem volta e meia estar num patamar emocional superior que proporciona uma visão mais detalhada das coisas e das pessoas...
E entro no jogo...posso perder e nem sequer fazer furor,
mas pelo menos causo algum reboliço que ecoará durante muito tempo...
Soa-me a vingança...fria mas doce...
Sabe bem dar asas á imaginação e flutuar um pouco...
Que queria eu da vida? Da minha vida?
Ora...Paz, amor, saúde e dinheiro...
Pelo menos é o que se espera que eu diga, não é??
Estou amargo hoje talvez por ter visto mais de perto o que eu já via ao longe,
são perspicácias minhas que por vezes são correctas...
Por falar em amargo, gosto de chocolate preto e amargo, tinha aqui uns pacotinhos disso mas dei á minha mãe e á minha madrinha nesta Páscoa, apetecia-me algo doce, não costumo ser guloso mas agora comia uma fatia daquele bolo de chocolate com cobertura de chocolate negro e não me importava nada que fosse daquele já retardado, pelo menos paguei com uma nota de 5 e recebi troco de 20...reclamei???
Fdss, lol...
Claro que reclamei pois o bolo tava mesmo seco, isso foi um erro!!!
Reclamei o troco enganado? Não!!! Este erro ainda passou, mas dois é demais por isso na primeira oportunidade que tive, cantei das boas a ela!!
E já que estou mau, lembrei-me que assim a brincar, que perguntei á empregada da coisa dos gelados se esta comia muitos destes, estava eu a comprar um de chocolate e bolachinha, ela era um bocadinho anafada e corou um pouco, é claro que eu compus as coisas...
Mas fora as doçuras, hoje apetece-me bradar aos céus e mandar fdr esta merda de vida...
mas o que estraga o plano, são as pessoas que amamos e somos dedicados...
Continuo a achar que este mundo é cão, cão que não conhece o dono...
Quem me dera ter passado despercebido e ser um simples ermita capaz de dormir uma noite inteira sem pesadelos, sem ter de acordar segundo as regras e seguindo as regras para esse dia e todos os outros dias rotineiros, sem impostos e sem precisar de dinheiro, bastava-me uma horta e meia dúzia de galinhas para sobreviver...
Bem dizia o outro que queria voltar para a ilha...
Há cães com sorte, estes tem uma gamela grande ao dispor, enquanto isso outros passam as passas para uma coisita de nada...
Ainda dizem que Deus existe, mas...se existe, de que lado ele está?
Eu cá tenho sido bom rapaz, ingénuo sim, sou fácil de usar e logo a seguir levo patada, mas este crescer é lento e já vem tarde demais, agora que se fda!!!
O paraíso é um sonho mas o inferno é garantido...
Até amanhã...se eu quiser!!







domingo, abril 08, 2007

Não sei como ser o que não sou...

Não sei esquecer...
Não esqueco nunca...
Há o passado e o presente, um conflito constante...
Só sei que sinto a tua falta...
Não me és indiferente, nunca foste...
Mas quem sou eu?
Sinto-me sózinho no mundo sem ti...
Nada parece fazer sentido sem a tua presença...
Por muitos defeitos meus...
Defeitos teus...
Eu sou eu e tu és tu...
E eu amo-te...por tu seres tu...
E eu sofro, por eu ser eu...
Entendes?

Praia da Foz...

Ontem pela manhã fui até á praia da Foz, levei a minha filha comigo, gosto muito de sair com ela pois há uma sensação de cumplicidade entre mim e ela...somos do mesmo signo...gémeos e isso deve dizer tudo ;)
O vento era sereno e não muito frio, o sol estava quente mas havia nuvens no céu que desmanchavam a fantasia dum dia cheio de sol...
Deitei-me na areia depois de muito escolher pois esta estava molhada logo abaixo da primeira camada, mas para alguma coisa serve o meu casaco preto de pele, ando quase sempre com ele pois vai dando com o resto da roupa...que bem me soube a sensação de paz da praia misturada com as tais emoções ao rubro que não vou contar aqui...
Adoro o mar e a praia, invejo o gajo que naufragou numa ilha deserta...era um tal Robinson Crusoe, gosto da parte dele ter dado o nome de sexta feira ao outro, nem tal me passaria pela cabeça lhe dar o nome de segunda feira...
Só tirei uma fotografia ao mar com um navio por lá a passar...
Sempre quis viajar num desses, como convidado é claro...mas enjoar iria ser uma constante...mas era melhor ser num cruzeiro esse meu desejo de viajar, sempre havia mordomias...
Nasci pobre e pobre estou, não sei se vou a tempo de fazer um pacto com o diabo pois ás vezes eu até penso que sou o anticristo...
Gosto muito deste país que tem ainda tanto para ver...depois sim, há o resto do mundo, mas seja lá para onde eu fosse, acho que tudo o que eu visse era apenas aquilo que me deixariam ver...
Estou a divagar...
Estou aqui mas a pensar numa pessoa...
Faz-me falta o seu olhar doce...a sua presença...o seu calor...
...

Ontem, dia 7 deste mês...

Pois é, ontem foi dia 7...
Aconteceram muitas coisas, foi um dia emocionalmente preenchido e isto não quer dizer
que esteja saltitante, foram emoções ao rubro...foram coisas que a vida tem e nos faz sofrer por sermos peças soltas ainda presas ao puzzle que não aquele que queremos...
Eram 21h05, recebi uma sms que confortou a minha alma!!!
Só eu sei...

Páscoa? Onde???


Enquanto queima lentamente a ultima vara de incenso, deixo aqui mais meia dúzia de palavras para o vento levar...
Passei parte da noite desperto a ouvir um cachorrito ganir, não era de admirar que estivesse ao relento numa das varandas dum vizinho qualquer...e foi assim toda a noite até ás 7 da matina, pensei que já o tinham acolhido, finalmente...
Só há pouco soube que este cachorro foi abandonado junto ao contentor do lixo e lá passou a noite da forma como descrevi, alguém o levou esta manhã...Não tinha pensado nisso, pensei sempre que fosse abandonado na própria casa e não no mundo, caso contrário eu mesmo o teria ido buscar, não tenho condições para ter um cão em casa, já tive uma cadelita mas nessa altura tinha uma casa com diferentes condições que tenho agora, depois tive de a dar a um amigo que por ter uma vivenda com jardim sempre tinha mais condições do que aqui...Morreu há uns anos por esta altura a Páscoa :(
E, lol...
Não é que o cachorrito ainda está lá fora?
já o vi da janela, é de tons claros, castanho clarinho ou branco amarelado sujo, já vi que vou passar o dia a catar pulgas, mas antes um banho!!!
Vou tirar uma foto e postar aqui neste mesmo "poste", se alguém o quiser, que diga...
Já sei como ele é, parece o cão da dodot!!
Ah, as campaínhas tradicionais não se tardaram a fazer sentir, tenho a casa cheia de mazelas e a vida ainda pior, Deus sabe onde eu moro, acho eu...Fico á espera dele, pois preciso muito e em troca leva um "envelope" que é um pouco da minha fé!!
Bom, vou dar banho ao cão!!!

(Já dei banho ao cão, não tinha pulgas mas tirei 3 carraças nojentas!!!
agora dorme profundamente dentro dum cesto de palhinha entre duas toalhas, aliás ele adormeceu ao meu colo três vezes, uma delas foi depois de tirar a foto que aqui apresento, não sei a marca e o modelo do cãozito, faz-me lembrar labrador, mas estes valem dinheiro e quem no abandonou deve estar a esta hora na igreja a bater com a mão no peito)



sexta-feira, abril 06, 2007

Até onde Deus me deixar ir...

Até onde eu quiser ir...

Um dia esquecerei todo o passado e todo o presente...conheço-me, sei como se faz
pois já vi fazerem o mesmo!!!
Sei que sou uma merda aos olhos de alguns, talvez por eu transparecer demasiado muita parte de mim, já me sinto nú em demasia e chega a hora de me salvaguardar um pouco...
Já me disseram que a vida é um jogo, mas eu não sei jogar e a pensar assim nem ia perder nem ganhar e é aí que me engano mesmo...
A vida é mesmo um jogo, uma arena dissimulada...tenho de entrar no jogo e fazer pela vida que não é facil e já vou tardiamente...
Já me sinto mau e capaz de pensar antes de agir, eu, logo eu que sempre fui o que sentia e nunca o que pensava que ia ser...
Não sei se vou a tempo de mudar alguma coisa dado a hora tardia, mas vou abanar um pouco certas coisas...
Não nasci para ser um peão!!!

domingo, abril 01, 2007

blogando...

Estava eu a tentar aceder aqui mas não conseguia de maneira nenhuma, agora consegui por outro meio mas já perdi o fio á miada, (é meada, mas isto é o meu blog e escrevo como me apetecer...)
Estou danado com a vida mas isso não é novidade pois não?

Apetece-me acabar com o resto da minha vida, não sei quanto esta vale nem sei quanto esta irá durar, se hoje ela terminar eu me questionarei no que valeu a pena, algumas dessas questões eu sei responder pois nem tudo foi mau, só não entendo o muito ser menos bom a quase tempo inteiro, tudo o que acontece é uma semente que germina, não vale por si só nem é uma certeza na vida mas acredito que o começo pode ser acontecido por mim mesmo ou então feito acontecer pela vida, nada é certo nem nada que é vivo sobrevive sem um cuidado, já vi quintais com hortas e flores tornarem-se silvados agrestes por falta do cuidar...
Perante tantos desgostos não sei bem como enfrentar as coisas, quero muito viver e dedicar este resto da minha vida a quem amo...
Sou confrontado com as maiores adversidades e isso me cansa...
Apetece-me ir embora mas ao mesmo tempo quero ficar...
Não sei bem explicar este sentimento contraditório entre o ir e ficar, não sei hoje dizer coisa nenhuma, tenho sonhos na vida, tenho a angustia do ontem que já passou e do amanhã que virá, o amanhã que poderá ser mau, tudo isto porque sei que as coisas estão mal...

Agora aconteceu uma coisa...uma formiga vinda de não sei onde subiu pelo ecran parou na palavra "embora", depois foi até á palavra "sobrevive" e logo a seguir á palavra "recuperar post" acima desta caixa de texto...
sumiu num instante...
(acho que era uma formiga batedora, daqui a bocado aparece cá uma legião delas, ainda bem que há lixo suficiente no caixote para elas...)
E com isto voltei a perder o fio á coisa...
São quase 22 e não dormi sesta nenhuma, ando a benuron's e a outros coisos que encontrei cá em casa, pelo menos as dores diminuiram e assim sendo já não preciso ir perder tempo ao médico, eu me faço sofrer e eu me curo a mim mesmo...
soa bem não soa?
já li coisas de quem se cura a si próprio e que depois remete isso ao santo ou santa a quem devota fé...
a fé é algo forte, fala-se nela mas sempre acreditamos mais nela quando agarrada aos outros do que nela em nós mesmos, eu cá vou tendo a minha fé, esta é constantemente abalada quase diariamente, recupero e sobrevivo embora seja difícil, preciso dum milagre dos grandes urgentemente...
Acho que vou é dormir um bocado, amanhã é um dia novo mas sempre tão igual...
Ando de dia para dia para mudar estes meus dias, preciso resolver coisas para assim adormecer á noite e poder acordar feliz no dia seguinte, viver esse novo dia como sendo um dia único(todos os dias são únicos)... é tão bom sentir paz, quietude...
A vida é bela...para alguns...

quarta-feira, março 21, 2007

Deambulando pelo tempo...




Estava eu a deambular pelo tempo quando de repente reparei que me esqueci de mim...
Esqueço as coisas,
esqueço tudo e sinto-me perdido numa especie não sei de quê nem porquê...
Esqueço...
Deixo de me lembrar,
deixo de desejar,
deixo de querer pois a vida já não me quer...
Não me quer...
Não me tem...
Esqueço-me de mim...
Esqueço tudo deambulando pela vida e pelo tempo...

terça-feira, março 13, 2007

Viva Valdi...

Sem sono e a ouvir o tic tac irritante do relógio,
com vontade de escrever alguma das coisas que me passa pela mente
e que receio esquecer durante a longa noite que ainda só está pela metade,
são tantas as coisas, tantas as perguntas e tão poucas as respostas,
valha-me Valdi, apelo eu, embora Valdi não me entenda nem me responda,
sempre me dá alguma resposta a curto prazo pela minha insistencia,
aguardo ansiosamente...
Aguardo o começar entoar da música que abafa os relógios do mundo
e que minimiza o dia seguinte...
Apetece-me escrever tantas coisas mas limito-me só a pensar nelas num ciclo vicioso,
mas acabo sempre por escrever algo, várias vezes olhei para os meus dedos pousados sobre o teclado como que á espera dum sinal que os fizesse mover deixando sobre as teclas uma a uma até exprimir todo este sentimento...
Viva Valdi...

sexta-feira, março 09, 2007

Apenas o fim...

Tudo tem um fim...e um novo começo, seja lá isso que quer dizer...

Estar presente e ser carente não é vegetar,
mas apenas crer no sentir e no querer dar...
Quando eu amo alguém não vejo mais ninguém,
pois o mundo para e os meus olhos são unicamente para ela...
um pequeno grande mundo, é assim que eu lhe chamo...
Ai, se eu pudesse...
viveria o meu tempo e a minha vida a dar o que nunca tive para assim poder
ter o tão pouco que eu peço mas o tão muito que eu sempre quis...

Amar é bom e eu não sei amar de outra maneira que não aquela que a minha,
mas posso aprender...
Para mim, dizer "amo-te" é como que um bradar a quebrar o silêncio...
e se não houver um êco...
então muito pouco resta para um todo...
e todo o todo será um fim...

segunda-feira, março 05, 2007

Inquietude...

Adoro dormir uma sesta aos domingos de tarde, é merecido pois todos os dias levanto-me cedo para a rotina diária, houve tempos em que dormir era para mim mais do que mero descanso, eu conseguia acumular pensamentos bons e ora um ou outro acabavam por fazer parte dos sonhos, mas pudesse eu escolher o que sonhar...
Os tempos mudam...Esta noite não consigo adormecer, não tenho paz e sinto tanta inquietude, não entendo o porquê dos porquês, estava razoavelmente bem até cair a noite, não havia pensamentos maus nem depressivos, mas a chegada da noite trás com ela não só a escuridão como também um silêncio frio e aterrador que me envolve e magoa e me faz ter medo do amanhã, é como que se o meu desejo de viver e a minha esperança de resolver os problemas que me atormentam há uns tempos, estivesse a ser travada pela inquietude fria e envolvente da noite...
Detesto as segundas feiras mas isso não é novidade, detesto-as porque são o elo entre o sossego e a rotina e sou lento a adaptar-me...
Quem me dera ter sido um dos sortudos do euro, além de deixar de ter os problemas materiais que me puxam para o fundo, acho que iria abolir da minha vida as segundas feiras, pelo menos iria ter muitos sábados e domingos e tentaria ser feliz e fazer alguém feliz...
Esta segunda feira é também um dia que pode trazer á minha vida um nico de esperança
em dias melhores que poderão vir, sempre vivi com altos e baixos, nem tudo era rosas nem tudo era espinhos, havia um equilibrio sereno...
Depois tudo se torna uma merda, tudo assim se tornou, desmoronou-se aos poucos,
faz-me lembrar um quintal bem tratado com roseiras e arvores de frutos, tudo é vivo enquanto cuidado, mas quando esquecido e abandonado, depressa as ervas daninhas e os silvados devoram o que antes tinha vida...
Muitas vezes sinto-me esquecido, esquecido por Deus...
Na vida tudo é assim...

terça-feira, fevereiro 27, 2007

A máscara do dia...

Cada dia que nasce tem sido um dia diferente para mim, mais amargo e rude, enfim...
Do lado de fora não se nota quase nada graças á mascara do dia a dia que disfarça as imperfeições e me dá um ar de bem para com a vida pelo menos até ao fim do dia...
A falta de êco faz com que me vire para dentro e sinta o peso da realidade e a falta de recursos para fazer frente ao perigo iminente que sinto cada vez mais próximo,
faço perguntas mas não obtenho respostas e começo a sentir-me muito mal com tudo isto...pelo sim pelo não cá fico eu á espera duma ajuda de Deus mas este não quer nada comigo, pelo menos assim está a parecer, se de facto escreve direito por linhas tortas então chegou a hora de ler pois sinto que perco o meu chão...
Não estou a conseguir mudar o que deixei errar mas também não consigo aceitar isso e não fico quieto á espera que o céu me caia em cima...
Será que o paraíso existe?
Será que vale a pena ser bonzinho a vida toda para que quando tudo acabar haja um lugarzinho ao sol?
Será que o inferno não é aqui mesmo?
Caso seja, então faz sentido quando me questiono no porquê do castigo, pois se eu soubesse o que de mal fiz, então aceitaria a pena e já não seria um inferno pois era merecido, talvez por isso nunca ninguém saiba que mal é que fez para assim poder sofrer duma forma ou de outra...
Na volta dei um pontapé a um cão algures numa outra vida, renasci nesta vida e tudo aquilo que vivi foi sempre com o intuito de vir a morrer como um cão para que se fizesse assim justiça, mais parece isso...pelo menos já sinto a raiva cá dentro de mim...
Não me apetece escrever mais nada agora...
Mesmo assim, a sentir-me mal com o mundo e com as coisas, ainda há muito de bom em mim, pois penso intensamente naqueles que amo e sei que o meu coração bate ainda dentro do meu peito...
E por muito que os meus dias sejam negros, pensarei sempre nas pessoas que eu amo e que fazem parte de mim...










domingo, fevereiro 25, 2007

Coisas...

Há algo em ti tão diferente, tão meigo...tão tu...
Amo-te...

Insonias...

O sono sabe sempre bem mas ocupa-me demasiado tempo, há coisas que eu gostaria de fazer sem ser apenas dormir, mas também não durmo assim tanto como pode parecer...
Ás vezes não entendo como numa noite inteira eu durmo apenas umas 3 ou 4 horas seguidas e depois é um sono de instante...
Nas noites de insonia é maravilhoso o que o pensamento pois lembro o meu amor
e até lhe oiço a voz que é tão doce e terna e me faz sentir tão feliz...
mas nem sempre os sonhos são como gosto e quero e muits vezes mas mesmo muitas vezes, são pesadelos onde coisas horriveis se fazem anunciar...
seja como esta vir for, eu ainda aspiro encontrar a paz e por isso mesmo ainda cá estou pronto para o dia seguinte, palavras bonitas que agora escrevi mas não é facil
seguir o caminho...
Detesto as segundas feiras...não me apetece dizer o porquê pois estaria a repetir-me,
há coisas que tenho para dizer, muitas muitas coisas...
mas hoje apetece-me pouco dizer...gosto mais quando a noite me envolve e não me deixa dormir...as palavras tornam-se mais faceis de incrustrar neste mural...

Um pedaço da tarde...

Domingo de não sei quantos...

Acordei de repente mesmo já sendo quase meio da tarde...
O sono não é muito mas sabe bem dormir e pairar numa outra dimensão onde não há mais do que podemos ter...
Voltei a acender incenso e uma vez mais sinto os olhos a arder face á neblina de fumo que se forma ao redor...a fragancia é agradavel e devolve uma certa recordação de dias vividos no campo algures no Douro...tinha eu uns 15 anos...

Acho que vou voltar a dormir mais um pouco...quem sabe que quando acordar tudo será diferente?
Quem sabe?

Sei que vou adormecer com os melhores pensamentos neste resto de pedaço de tarde...
A pensar em ti...

Prestações vencidas

Dizem que nesta vida tudo se paga...
Eu não sei se é assim para todos, só sei que estou em mora e que Deus não me dá mais crédito e mais noite menos noite ainda me vai penhorar a alma pois os sonhos já me levou e só deixou os pesadelos, nem preciso de adormecer para ter de os viver...
Houve um tempo em que o mesmo Deus estava sempre comigo...

Não ouves o meu apelo? Deixas-me aqui sózinho sabendo tu que preciso de ti e que me vás dizendo qualquer coisa nem que seja para quebrar o silêncio da minha vida, assim perco o crer e deixo de lado a esperança, para quê seres Deus se quase nunca estás comigo?

sábado, fevereiro 24, 2007

Azul...

Hoje vesti-me de azul...

Havia um casaco que estava no armário há já bastante tempo, hoje apeteceu-me vesti-lo...
estava meio amarrotado e faltava-lhe um botão dourado mas isso eu já sabia,
escolhi uma das camisas azuis a condizer e umas calças também azuis, mas estas mais pareciam pretas e tive de olhar melhor para não fazer como já fiz ao trocar as cores,
mas estas eram mesmo azuis, sapatos pretos ligeiramente empoeirados e meias pretas que usei ontem, só dei por ela quando já as tinha calçado pois vi as lavadas no sitio onde as tinha deixado minutos antes, como não se notava a diferença, lá fui eu assim mesmo...
as calças rodavam em demasia na cintura, sinal que a barriga diminuiu mas o cinto não tinha mais buracos e fui assim mesmo, volta e meia só tinha de as puxar mais para cima...há muito que não me vestia de azul, prefiro azul ao preto e é esta mesma roupa que penso usar no ultimo dia da minha vida,
Esqueci de mencionar a gravata, bem me parecia que faltava algo...
esta, também azul e com uns quadradinhos suaves, é uma gravata daquelas com o nó já feito e é só preciso puxar que o nó sobe logo para o sitio desejado, tinha uma nódoa que teimava em não sair, molhei com saliva e esfreguei mas só consegui aumentar a nódoa uma vez que o molhado escureceu o tom de azul, mas pronto...se eu andar depressa ninguém iria reparar...
Ninguém cuida de mim a tempo inteiro, mas há alguém que repara em mim e vai cuidando conforme pode, pelo menos ralha comigo...
Hoje sinto-me muito só e divaguei agora com tanto azul, espero que a minha noite seja azul e suave...
Já queimei meia embalagem de incenso, quatro pauzinhos de cada vez...
Tem um cheirinho bom, tomara que tenham a influencia que dizem ter...
dizem que não há sábado sem sol...mas este meu sábado está muito escuro e não digo que seja azul mas sim muito negro e triste...

Metade de mim...




Hoje, o meu mar tentou fugir de mim...
É difícil vir embora sem saber quando será o próximo dia de voltar,
sem saber sequer se haverá um próximo dia...
Tenho feito dos ultimos dias,
dias únicos como se não houvesse um amanhã,
para os outros pode haver, eu já nem sei o que dizer...
Quero a minha esperança de volta, o meu amanhã e o meu futuro...
E lá estarei eu para te amar, mas amarei sempre como se fosse o ultimo dia...
Hoje estive tão perto do teu olhar,
tão perto dos teus lábios que quase os podia tocar...
Ninguém pode ver, ninguém pode saber...
Sei eu e tu...
Tão perto estivemos hoje sem nos podermos tocar...
Desejei-te como nunca apenas com o olhar...
Fiquei triste como sempre
na hora de vir embora...
Metade de mim ficou contigo...
Metade de ti veio comigo...
E pelo caminho o meu mar fugiu de mim...

Quando a escuridão se abate...

A luz do dia,
a luz do sol...
tão longe ele está
e é dele a luz do dia...
Mas...na escuridão da noite,
conseguimos ver milhares de estrelas
milhões de km mais distantes que o sol...