Um aperto no peito...
como se fosse um vazio enorme tão cheio de nada,
tão cheio que quase explode mas não acontece nada...
Um vazio preenchido com sal do mar em forma de orvalho...
(...)
Talvez esqueça,
talvez a memória falhe ou se confunda
e arraste-me pra outros tempos
que se misturam com os tempos de agora...
mas ainda não...
Não me esqueci,
não me esqueço...
Apenas perdi o recordar do que não foi bom,
fica na memória da minha vida a suavidade da pureza dos sentimentos...
(...)
Palavras suaves proferidas por vozes doces,
mil e uma borboletas dentro de mim,
emoções,
sentir...
Olhos lindos que vejo ainda como se fosse hoje,
365 dias apenas...
Saudade...
(Sobrevivi)
(...)
Um cacto no deserto...
Um cacto num pequeno vaso árido,
quase cheio de nada,
sobrevive...
cuido dele,
o meu presente de aniversário de há 365 dias...
Era sábado...
(...)
Talvez hoje me sinta triste...
Mas amanhã já não...
