sábado, dezembro 08, 2007

Lágrimas verdes...

Nunca tinha pensado tal...
Nunca tinha lido ou ouvido falar...
Mas lágrimas verdes são lágrimas que teimam em rolar pelo rosto...
São lágrimas que tem o mesmo sabor do mar...
Mas nunca o mesmo sabor dum dia de praia...

Epitáfio ( VI )

E quando um grito é transformado em silêncio?
Olho ao meu redor e continuo aqui...só...
Ilusão na vida...
...
Li uma história sobre um navegante solitário que atravessou mares tempestuosos durante meses e meses e quando chegou a porto seguro, tinha cabelos brancos e barba crescida, mas era o homem mais feliz do mundo pois mesmo ainda se sentindo só, ele já não estava sozinho...
...
Tenho navegado por mares por mim então desconhecidos, horizontes longínquos a conseguir atingir...
É muita tempestade para mim e para a minha jangada a que eu chamo de o meu barquinho azul...

Epitáfio ( V )

Hoje perguntaram-me porque tantos epitáfios, uma vez que um epitáfio é único e ultimo...
Boa pergunta...
A resposta depende dum dark day ou dum blue day...
Duas respostas, dias diferentes...
Os dias tem sido dark...dias sem blue...
E todos os dias tem sido como se fossem o ultimo pois amanhã não sei se cá vou estar, por isso, porque deveria eu omitir, mentir ou colorir?
Ninguém confessa antes, nem depois...há sempre um momento que nem é antes nem depois,
é sempre antes do depois...
...
São nestes dark que sinto a falta dos blue e estes são quem eu amo, aqueles que fazem parte do blue que eu ainda sou, fui...serei...
Já nem sei...
Nem sempre tudo foi negro, por isso sinto saudade de mim, (saudades de mim, uma frase que nunca esqueci quando a li e senti pela primeira vez, foi tanto o sentido destas palavras que ainda hoje permanecem na minha memória e no meu pensamento...)
estas saudades de mim são provenientes do meu passado que desde o inicio da minha vida teve sempre um tom de azul e feliz e durou até ao ano de 1999...
(Entretanto, tive momentos de felicidade, não nego nem omito...é verdade...)
Agora me lembrei do novo milénio...na volta o fim do mundo aconteceu e eu só estou a dar agora conta, nunca tinha pensado nisso...mas também agora não me apetece justificar o que quer que seja...
O tempo não para, se é que o tempo existe...
...
Os epitáfios continuam até acabarem...é assim tudo na vida...

Um .

Era apenas um pontinho...na terra, no mar ou no céu...
Mas não era uma estrela lá ao longe, nem sequer um mundo ou uma galáxia...
Um .
Um pontinho que aparecia algures era sempre mais do que isso...
Era um olá...Um estou bem...Um pedido de socorro...Um amo-te muito...
Um pontinho, assim tão pequenino mas ao mesmo tempo tão imenso...
.

Epitáfio ( IV )



Mesmo quando está o céu carregado de nuvens numa noite escura, porque olho para ele e procuro ver as estrelas?